Laboratóriode Estudos e Experimentações em Subjetividade, Corpo e Coletividade - LESC/RPS/RHS/UFF

Coletividade, cantos, batuques e danças (CANBADA)

Início: janeiro de 2024

Coordenador: Prof. Dr. Daniel Maribondo Barboza (docente do Departamento de Psicologia de Rio das Ostras)

RESUMO: presente projeto se desenvolverá como um desdobramento e do Laboratório de Estudos e Experimentações em Subjetividade, Corpo e Coletividade (LEESCC), com início previsto para 2024.1. Considerando o processo capitalístico de individualização e intimização da vida coletiva, enfraquecimento de movimentos sociais, captura da organização civil instituída e desmonte de políticas públicas, faz-se mister a aposta na coletividade enquanto ferramenta de resistência através da produção de experiências e fazeres comuns, construídos junto, no rés do chão. O CANBADA propõe, trabalhar a coletividade através da musicalidade, em dois momentos ao longo de 2024. Primeiramente, através de uma metodologia multiplicadora, propõe-se capacitar extensionistas a desenvolverem atividades de canto, percussão e dança calcadas na formação de roda e na dança em par como campo de passagem para o exercício da coletividade. O primeiro semestre de 2024 se voltará principalmente à nucleação do projeto, com o estudo musical do coco e do forró, em paralelo à prática do canto, da percussão, confecção de instrumentos percussivos e dança.  O processo de nucleação continuará no segundo semestre, com o aprofundamento dos estudos e da prática, contudo se inaugurará o segundo momento, com atividades abertas na UFF ou externas, no território de Rio das Ostras, com atenção especial aos públicos infantojuvenil, idosos e pessoas com sofrimento mental agudo. A proposta se sustenta no arsenal teórico da Análise Institucional que, na qualidade de conceitos-ferramentas, operacionaliza a transversalização da comunicação, a construção de corpos sensíveis ao fazer coletivo, a percepção das possibilidades de transformação, de tensionamentos e dos limites do coletivo, a análise das implicações e dos processos de sobrecarga e de sobreimplicação, a aposta na autogestão. A escolha do público-alvo se baseia teoricamente nas contribuições de Michel Foucault sobre o campo problemático da escolarização, da disciplinarização dos corpos e da produção de obediência, no que diz tange ao público infantojuvenil; e, por outro lado, nas contribuições do autor sobre a biopolítica, modulação da existência e sobre uma parcela da população é deixada para morrer – idosos e pessoas com sofrimento mental agudo. Os resultados esperados envolvem, primeiramente, a afirmação de espaços de construção de coletividade através da musicalidade para e com esses públicos e, também, um duplo movimento: por um lado de ocupação do espaço da UFF pela comunidade externa através da forja de coletivos com o mote da musicalidade; e, por outro lado, dos atores uffianos – docentes, discentes e técnicos – ultrapassarem os muros e atuarem no território.

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